As lesões nos joelhos são comuns na terceira idade. Já apresentamos aqui, de uma forma geral, as lesões mais comuns e, de forma específica, sobre a artrose e artrite. Hoje, vamos abordar outra doença muito corriqueira no joelho em idosos: causas, sintomas e tratamentos da tendinite.
Tendinite
A tendinite é uma das fontes mais comuns de dor no joelho nos idosos e caracteriza-se, basicamente, por um processo inflamatório que acomete o tendão, gerando lesão nas fibras e no espessamento dessa estrutura. Ou seja, é um processo inflamatório (normalmente agudo) presente nos tendões do joelho.
Uma das doenças do joelho mais comuns e, apesar de parecer inofensiva, pode gerar grande incapacidade, sobretudo em pessoas que praticam esporte ou atividade física regularmente.
Entre as causas mais comuns do desenvolvimento das tendinites estão o esforço repetitivo ou sobrecarga sobre os tendões, por isso ser comum em esportistas. Mas os idosos, em consequência do desgaste progressivo da articulação, também estão sujeitos à tendinite.
Com a fraqueza da musculatura ou com a sobrecarga desses tecidos, os tendões passam a receber/absorver mais carga do que foram programados. Com o tempo, sofrem microlesões em sua estrutura, o que resulta em um processo inflamatório local. Quando os tendões estão lesionados e inflamados, a ação de contrair o músculo é prejudicada e o movimento passa a ser doloroso e realizado com dificuldade nos casos mais graves.
Alguns fatores podem ter relação com o desenvolvimento das tendinites como, por exemplo, excesso de peso corporal, deformidades no joelho e diferença no comprimento do membro.
Sinais e sintomas
Os primeiros sinais e sintomas da tendinite são os seguintes:
Dor na frente do joelho;
Dor que piora ao saltar ou correr;
Inchaço do joelho;
Dificuldade para movimentar o joelho;
Sensação de joelho duro ao acordar.
Além da dor é comum a presença de hipersensibilidade no tendão, inchaço das bursas e dificuldade de executar movimentos com o joelho, sobretudo aqueles que são realizados pelos músculos e tendões acometidos. É comum a piora dos sintomas durante movimentos que exijam mais força ou com o aumento da intensidade das atividades.
O diagnóstico das tendinites deve ser realizado por meio de uma avaliação presencial com um médico especialista. O exame físico vai permitir ao profissional entender o histórico do paciente, identificar o local da dor, nível de força e possíveis desequilíbrios musculares e o grau de sensibilidade do tendão.
Tratamentos
O repouso e aplicação de gelo no joelho são os caminhos para a melhora da tendinite. De forma geral, o tratamento tem o objetivo de diminuir a dor e controlar a inflamação, além de restaurar a função do músculo e a biomecânica do membro inferior. Em muitos casos, o especialista pode receitar medicamentos anti-inflamatórios para combater a dor.
A fisioterapia tem grande papel no tratamento dessas lesões, já que ela age na causa do problema a não apenas nos sintomas, pois fortalece os músculos do joelho, alivia a dor e melhora o movimento.
Nos casos mais graves, em que a tendinite no joelho não desaparece com repouso, medicação e fisioterapia após cerca de três meses, pode ser necessário fazer cirurgia para reparar os danos provocados.
A tendinite, como foi possível verificar, não é uma lesão crônica, mas é importante fazer o diagnóstico e o acompanhamento com um profissional especializado. Outro detalhe importante é que o paciente nunca deve se automedicar e deve seguir as orientações feitas pelo especialista responsável.
Esperamos que este post tenha sido útil para você! Lembre-se: para continuar a ter essas e outras informações relevantes, continue a nos acompanhar!